Arquivo do mês: setembro 2012

Quando a alegria do coveiro dura pouco…

CIDADE DE NAIM

E, vendo-a ”,”…
Lucas 7:13

…um defunto, um longo cesto de vime com um corpo desfalecido, um culto fúnebre, uma viúva, cantos de velório,  prateadoras choravam pelo morto, uma pequena cidade e um coveiro quase falido, que alimenta-se da morte dos que estão de pé, noites escuras sobrevieram mais uma vez àquela pequena cidade e a multidão acompanhava toda cena, mortos enterrando mortos, e a insaciável fome da morte que nunca se farta e seu secretario o coveiro, o ultimo a testemunhar o corpo antes de ser devorado pelos vermes.

Apenas um detalhe em meio aquela melancolia desgraçada que inundava aquele pequeno vilarejo, a “vírgula” sim a vírgula que neste verso tem poder de “ponto”, sim, ponto final na festa dos demônios, ponto final na festa do coveiro enterrador de talentos, enterrador de sonhos, enterrador de louvores, enterrador de mensagens, enterrador de sucesso, ei! ei! mande que o coveiro pare de cavar! porque este defunto ele não vai poder testemunhar a terra cobrindo o seu rosto, este rosto jovem que tem a missão de trazer esperança para os que dele dependem, e a placa de jaz não vai ser colocada junto as flores acima da terra que o envolveu,  ei! ei! mande que o coveiro para de cavar! o enterro foi cancelado!

Cancelado! como um enterro é cancelado? eu já estou com a cova aberta mande que venha o defunto!

Apenas um detalhe, quando Jesus chegou E, VENDO-A, acabou o enterro.

Apenas um detalhe, mande um recado para o coveiro: Não vai mais haver enterro.